Páginas

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Avanço brasileiro em educação profissional é o maior do mundo

NAS ÚLTIMAS DUAS décadas, entre todos os países do mundo, o Brasil foi o que registrou o aumento mais rápido no nível educacional médio da força de trabalho, de acordo com levantamento do Banco Mundial. Em 1990, os trabalhadores tinham, em média, 5,6 anos de estudo. Hoje, a média é de 7,2 anos. O nível de evolução no crescimento educacional dos brasileiros ficou à frente até mesmo dos chineses, que detinham esse recorde nas décadas anteriores. 

Acelerar o ritmo

O relatório reconhece “progressos notáveis” na educação básica brasileira nos últimos 15 anos, mas ressalta que o país precisa acelerar o ritmo se não quiser perder espaço no mercado global para países com populações mais preparadas para o trabalho. O caminho para a evolução educacional, de acordo com os técnicos, é melhorar a qualidade do ensino médio; investir pesado na educação infantil; aprimorar a qualidade dos professores e aproveitar de maneira adequada os gastos públicos.




Ineficiência


O estudo aponta que o gasto público brasileiro não está “produzindo os resultados esperados”. Os dados mais recentes, de 2009, mostram que o país investe hoje 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, patamar acima do verificado nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil também gasta mais do que México, Chile, Índia e Indonésia, que têm perfil demográfico semelhante. Contudo, investe em média seis vezes mais em um estudantes do ensino superior que nos da educação básica. Na OCDE, esta proporção é de dois para um. A má administração das verbas e a corrupção também são apontadas como causas da ineficiência dos gastos educacionais.

Ideb 1997-2003
Em relação à qualificação dos professores, o Banco Mundial elogiou as políticas públicas que concedem bônus no salário dos professores bem avaliados, já implantadas em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Elogios ao Ideb

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e a Prova Brasil também foram bastante elogiados no relatório. Na opinião dos técnicos do Banco Mundial, o Ideb “é superior ao sistema usado atualmente nos Estados Unidos e em outros países da OCDE, no quesito de avaliar a educação em quantidade, relevância e qualidade de informações que provêm sobre as performances dos estudantes e das escolas”. Para eles, “nenhum outro grande país com regime federativo no mundo conseguiu esse feito”.

Atualmente, segundo os dados de 2009, o índice Ideb é 4,6. A meta do MEC é atingir 6 até 2022, nota comparável à dos países mais desenvolvidos do mundo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário